terça-feira, 1 de abril de 2014

A volta ao trabalho

Gente! Estou super atrasada com o blog! Mas, aconteceu tanta coisa, que realmente, a última coisa que eu pensei foi em escrever. Bem, agora estou aqui, pra contar pra vocês todas as piras sobre a minha volta ao trabalho.

Lembram quando eu contei pra vocês, sobre o primeiro dia de aula da Angelina? Então, como eu já havia dito, em momento algum, foi cogitado a ideia de não voltar a trabalhar. Primeiro, por que a gente precisa da grana mesmo. Segundo, por que eu acho injusto com ela e comigo também, já que eu, me conhecendo do jeito que me conheço, se ficasse em casa sem exercer minha profissão, ou qualquer função remunerada, certinho, com carteira assinada, benefícios e segurança pra mim e pra minha família, ficaria neurótica e acabaria frustrada.

Ok, tem mães que vão ler esse parágrafo acima e me condenar. Já sei disso. Se elas serão melhores mães que eu? Não sei. Se os filhos delas serão melhores cuidados do que a minha? Talvez. Mas, acredito que cada um sabe onde seu calo aperta e cada cabeça uma sentença, já diria Mano Brown. Admiro, MUITO, as mulheres que podem e optam em abrir mão de tudo, para ficar em casa com a cria.

Teve um dia que perguntei ao marido: “estou chata, né?!” e vi nos olhos dele, o desespero em responder a minha pergunta. Do jeito mais fofo que ele pode, disse: “assim que você voltar a trabalhar, e entrar no ritmo, as coisas se acertam”. Foi o jeito mais delicado de alguém me chamar de chata! E eu nem fiquei brava...

Bem, eis que após quatro meses de licença maternidade e um de férias, voltei a trabalhar no mês de março. A Angelina continuou indo pra escola no período das minhas férias. Aproveitei o tempo para colocar as coisas da casa e da vida no lugar e me adaptar a rotina de ficar sem ela. Eu a buscava mais cedo na escola e a apertava tanto, que ela chegava a dar gritinhos!

No dia em que voltei trabalhar, acordei uma hora mais cedo do que o habitual. Normalmente, acordo às 6h. Dessa vez, os olhos despertaram às 5h. E não teve Cristo que me fizesse pegar no sono novamente. Então levantei, tomei banho, arrumei o cabelo, separei bolsa, sapatos, tudo certinho. Fiz a mamadeira da pequena e separei a roupa que iria colocar nela pra ir pra escola. Fiz a maquiagem e aos poucos acordei a pequena. Com aquele sorriso banguela mais lindo do mundo, ela já começou me dando força, como quem diz “vai lá mamãe, tá tudo certo!”

Dei banho nela, troquei, sempre cantando para mantê-la “quieta” em cima do trocador, dei a mamadeira. O marido levantou pra conferir se estava tudo ok. Ficou com ela, para eu tomar café. Minha mãe também me olhou, dando força. Juntei as coisas da Angelina, as minhas, recebi um beijo do marido, chamei a sobrinha, peguei a bebê e depois de tudo no carro #partiu!

Deixei a Rafaela (sobrinha) no colégio, em seguida deixei minha pequena. Aí entrei no carro novamente, respirei, liguei o motor e segui para o trabalho. Admito, fui rezando pelo caminho. Uma mistura de medo, insegurança, saudade, felicidade, enfim, não sei descrever. Rezei, muito. Ouvi música. Gritei. Imagino que quem me viu pelo vidro, deve ter tido certeza que eu era louca. Ainda bem que a polícia não estava por perto. O que eu responderia para o policial? “Senhor, sou uma mãe voltando da licença-maternidade. Com licença.”

A volta foi muito tranquila. Vários “monstros” que haviam sido criados na minha mente, caíram por terra, no primeiro abraço de bom-regresso que recebi. Desde a copeira, até o presidente da empresa. Claro, que a sensação de você ser uma funcionária nova, num emprego velho, ainda durou alguns dias. Até você entrar no ritmo, se achar, entender que nada parou enquanto você estava fora (sim, as mães pensam isso, SIM!!!) e conseguir se adequar a nova rotina, é difícil. Não vou mentir aqui e dizer que tirei de letra. Pelo contrário. Ainda me vejo bem louca no meio de papéis novos, que nunca vi, por que procedimentos mudam, funcionários também. Novas demandas surgem.


Enfim... ainda sim, com toda essa loucura, se adaptando ainda, vejo que minha “escolha”, em voltar a trabalhar, foi boa. Pra todos.

Um comentário:

  1. PRI lindo post.... acho que senti exatamente esta mistura doida de sentimentos ... misto de medo , felicidade, realização e saudade.... Particularmente te admiro muito por esta mae e profissional que eh... abraço forte

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