terça-feira, 15 de abril de 2014

Primeira gripe

Algo que eu rezei muito, mas muito mesmo, durante a gestação, foi para que a Angelina não precisasse tomar medicamentos. Como tenho que tomar trocentos, por conta da artrite, sempre entrei em paranoia, só de pensar na minha pequena, sendo furada pra fazer exames, ou então engolindo medicamentos. Isso afeta meu corpo, os resultados não são os mais legais e eu nunca gostaria que minha filha passasse por isso.

Bem, mas como nem tudo depende da gente, um belo dia, chegou a gripe. Durante uma semana, aproximadamente, observamos a pequena, fugindo de medicamentos. Casou dela ter consulta com o pediatra agendada, e lá fomos. Inicialmente ele receitou inalação só com soro, paracetamol se dor ou febre, Rinosoro e um antialérgico. Assim foi por 5 dias. E só piorou. Liguei e retornamos ao médico.
Aí entrou com xarope e inalação com Clenil-A. Mais 7 dias.

Aparentemente, havia ficado boa.

Cerca de uma semana depois, peguei a Angelina no berço e a senti quentinha. Chamei o marido e medimos a temperatura. 37,8. Ligamos para o celular do pediatra, era fim de semana, ele não atendeu. Dei banho nela e medi a temperatura novamente. 37,9.

Fomos para o pronto-atendimento da Unimed. No pré-atendimento a enfermeira tirou a temperatura e deu 36 graus. O marido explicou que tínhamos acabado de medir em casa e havia dado alta.



Com muita má vontade a bendita mediu de novo. A resposta: “deve ter havido algo errado. Agora deu 38 graus. Vou dar um Tylenol por que senão ela pode entrar em convulsão.” Minhas lágrimas caíram e minha raiva deu start.

Fomos atendidos cerca de 15 minutos depois. O pediatra de plantão examinou a Angelina e passou novos medicamentos. Como não botamos fé nele, o Arthur ligou novamente para o nosso pediatra – que pediu desculpas por não ter atendido, pois estava na missa –, explicou a situação e o médico mandou voltar com os medicamentos anteriores, por mais 7 dias.

Os dias passaram e o peito da Angelina foi enchendo. Parecia um rádio fora de sintonia. Chiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii dava pra ouvir. Horrível!

Depois de mais um fim de semana sem sucesso, peito chiando, neném chatinha e episódios febris, na segunda contactei novamente o pediatra, que me disse que não era mais pra ele e me pediu pra procurar um pneumopediatra. Ele indicou dois. Um consegui consulta pra uma semana depois e o outro, a secretária conseguiu horário pro dia seguinte.

Na terça nossa filha não foi pra escola. Ficou com minha mãe e no período da tarde, o Arthur e minha mãe a levaram no pneumo. Que trocou os medicamentos mais uma vez.



Na quarta, amanheci bem ruim, junto com ela. Nem eu fui trabalhar, nem ela foi pra escola. Ficamos assim, tomando remédio, da cama pro sofá, do sofá pra cadeira.

Ainda assim, na segunda seguinte, minha mãe tornou leva-la no pneumo, ele a examinou e agora, segundo ele, era questão de tempo pra terminar de limpar o pulmão dela e tudo voltar ao normal.

Nessa “brincadeira”, foram 43 dias de resfriado e medicamentos. Teve momentos (vários!) que me senti super culpada, pensei ser a responsável por isso. Fiquei me perguntando “onde foi que eu errei?!”
Por outro lado, o pneumo disse para o marido que é absolutamente NORMAL neném resfriar durante a mudança do verão para o outono.

Sem contar que: como são 10 aluninhos na turma da escola da Angelina, teoricamente são 10 famílias diferentes, mandando todos os dias para uma sala em comum, 10 ou mais tipos de vírus, e que nós estávamos no lucro, por ter sido “apenas” um resfriado.

O que aprendi com isso? Que mãe sofre triplicado por ver sua cria doente. Doe na gente, sabe? Também reconheci aquele ditado, que nos menores frascos estão os melhores perfumes, ou os piores venenos, pois o resfriado da Angelina me derrubou feio! E agora nós duas estamos melhor e o pai e a vó estão pestiados hehehehe

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